MURO DA ALICE E D. JURA

D. Jura é moradora de Heliópolis e luta pela comunidade desde 1994. Começou organizando um grupo de mulheres de Heliópolis para fazer um curso de gastronomia, investindo e gerando transformação na vida das pessoas ao seu redor. Já a Alice, uma jovem de 24 anos, largou o emprego em 2016 para viver por conta própria vendendo bolos no pote no intervalo do curso técnico que fazia.

As duas se conheceram através do Consulado da Mulher, onde aprenderam sobre empreendedorismo, gestão de negócios, planejamento financeiro e como estruturar suas vendas, além de participar de eventos e degustações.

Hoje a D. Jura é líder na Cooperativa de Heliópolis, projeto que investe em mulheres que estão fora do mercado de trabalho ensinando-as sobre o ramo de alimentação. Essas pessoas que participam do projeto aprendem tanto que até saem para abrir seu próprio negócio. Já a Alice agora trabalha em um café e está se organizando para abrir seu estabelecimento, mas além disso ela também auxilia na Cooperativa de Heliópolis. Para a D. Jura, a Alice vai herdar o seu papel de gestora, pois ela ama investir em pessoas, é mão na massa, interessada e faz as coisas acontecerem.

MURO DA KARINA

Karina deixou sua cidade e se mudou para Joinville para realizar o sonho de sua filha de ser bailarina e, logo no início, reuniu um grupo de 14 mães que começaram a vender bolos de pote a fim de ajudar na renda familiar. Ao perceber que precisavam de orientação sobre empreendedorismo, receberam assessoria e investimento do Consulado da Mulher.

“Era isso que a gente precisava: alguém que acreditasse no nosso valor. O apoio do Consulado foi fundamental, foi um divisor de águas, pois nos ajudou a enxergar nosso trabalho de maneira profissional e assim, conseguimos fazê-lo crescer.”

Hoje Karina tem um café chamado De Sapatilhas com duas sócias, a Nelci Rosilene e Soraya Mota. Por saberem da importância de investir em si mesma, a Karina e suas sócias investem em outras mulheres vendendo no De Sapatilhas produtos de pequenas produtoras e aproveitam para compartilhar experiências de empreendedorismo com o intuito de mostrar que é possível concretizar sonhos.

MURO DA MARCIA MONTEIRO

Marcia Monteiro teve muita coragem ao sair de Belém do Pará e ir para São Paulo em busca de novas oportunidades com apenas 20 anos. Morando no centro da cidade e dividindo um quarto com outras 8 garotas, Márcia conseguiu seu primeiro emprego, fez uma graduação em Administração, cresceu na carreira de trabalho e, aos 48 anos, decidiu trabalhar com o que realmente ama: alimentação. Trazendo a memória afetiva que tinha da deliciosa comida de sua mãe para seu novo restaurante em São Paulo.

Neste momento, Márcia conheceu o Consulado da Mulher, onde recebeu a ajuda de profissionais que ajudaram a identificar quais barreiras estavam dificultando seu crescimento pessoal e profissional. Além de ganhar ferramentas que possibilitaram um recomeço para fazer o que se ama.

Deu tão certo que há 3 anos a Márcia é sócia do Fio de Azeite - restaurante localizado no Centro de SP, se responsabilizando pela produção, contratação de pessoas, cozinha e organização do cardápio. Hoje ela encoraja e empodera suas funcionárias, incentivado a fazer cursos, capacitando em novos desafios e promovendo novas conquistas para que elas possam ser excelentes profissionais em qualquer lugar em que trabalhem.

MURO DA MARIA VERLANIA

Maria Verlânia sempre batalhou muito para ajudar a família e ficava muito preocupada com o sustento de casa. Foi então que ela decidiu fazer coxinhas de frango e vender para suas amigas.

Mas uma empreendedora sempre quer aprender novas habilidades e foi isso que a Verlânia fez, com o Consulado da Mulher, aprendeu como poderia fazer seu negócio crescer. Como precificar, calcular custos e gastos, além de contar com um apoio emocional que a fez nunca desanimar.

Hoje a Maria Verlânia tem dois empregos, conquistou sua independência financeira para investir no trabalho e contribuir em casa. Agora, com a sua clientela fiel, ela tem a autonomia para fazer os cálculos do seu negócio e se sente confiante para divulgar suas coxinhas para todo mundo. Além disso, ela também ajuda outras mulheres a se tornarem grandes profissionais, ensinando tudo o que aprendeu para as suas amigas do bairro em que mora.

MURO DA NEURILENE

Neurilene, aprendeu sobre liderança desde cedo, moradora de uma aldeia em Manaus com 100 habitantes que cooperam uns com os outros pois acreditam que trabalhar em coletivo faz as coisas darem mais certo.

Em 2010 surgiu a oportunidade de Neurilene produzir alimentos para as pessoas que estavam na construção de uma escola na sua aldeia. Então, foi assim, em uma cozinha apertada que ela, junto com outras mulheres, começou a trabalhar com alimentação.

O Consulado da Mulher entrou em sua vida para aprimorar o que, intuitivamente, Neurilene já sabia. Lá ela aprendeu a como profissionalizar o seu negócio e levá-lo adiante.

Hoje a Neurilene tem um restaurante que ajuda a aumentar a renda da aldeia. Além de recepcionar os turistas que vão visitar o local, ela também dá aulas de culinária indígena para aumentar a renda dos funcionários. Neurilene conseguiu identificar o seu potencial e investiu o seu tempo no aprender e em outras mulheres para que elas também se tornassem independentes.

MURO DA ADÍLIA

Depois de ver sua renda ser praticamente congelada após seu marido perder o emprego, Adília resolveu investir nas pizzas que fazia para começar a vender de porta em porta. Através de suas vendas, ela conheceu lugares e pessoas diferentes e, foi uma dessas pessoas, que apresentou à Adília o Consulado da Mulher.

Adília já sabia um pouco de administração, mas foi no Consulado que ela descobriu que onde existe investimento, seja ele financeiro ou não, existe realização. Logo no primeiro módulo, encontrou a receita do sucesso para suas pizzas: planejamento financeiro. Tudo que entrava, saía e pra onde seu investimento deveria ir ela tinha na ponta do lápis e nas folhas do caderno. Caderno esse que ela leva para sua vida e para vida das mulheres a sua volta.

Na comunidade Cristã em que Adília participa, ela e seu marido fazem workshop de tudo que aprenderam no Consulado. Assim eles repartem o pão, a pizza e o conhecimento para ajudar essas mulheres a transformarem suas grandes ideias em grandes negócios.